sábado, 10 de março de 2012

A PACIÊNCIA





("O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, Questão n. 909- Ed. FEB.) diz:

"Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?"
"Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!"

Diante de certos problemas, algumas vezes, sua inteligência pode não indicar outra solução que não seja a submissão à Vontade de Deus, levando-o a aceitar as situações que não pode mudar.
No entanto, nem sempre isso ocorre. Na maior parte dos casos você pode usar a paciência como uma virtude ativa, que lhe dará serenidade para providenciar a solução de problemas evitando tensões excessivas, irritação, cólera, ódio, medo, depressão e angústia, permitindo que você saia de situações aflitivas aprendendo e progredindo espiritualmente.
Dizem os dicionários que a paciência é: "o estado de perseverança tranqüila". Portanto, diante de situações adversas e aflitivas é indispensável manter o equilíbrio emocional e agir ou reagir com serenidade.
Você deve, então, esforçar-se para desenvolver o autodomínio ou autocontrole.
Como agir diante dos pequenos problemas que o afetam todos os dias?
Como conseguir o equilíbrio emocional junto a familiares, chefes ou subordinados que, por exemplo, recusam-se a assumir seus deveres e, ao se omitiram ou transferiram tarefas, indevidamente o sobrecarregam?
O primeiro passo é a compreensão.
Compreender o que está acontecendo.
Perceber o que querem as pessoas e por que agem daquela maneira. Estando desequilibradas, se são inexperientes ou se têm má intenção.
O segundo passo é manter o sentido de realidade.
Não exagerar o que está acontecendo, apavorando-se.
Julgar com serenidade para saber o que fazer.
O terceiro passo é agir.
Movimentar providências e recursos para resolver 0 problema.
Nessa fase, é fundamental o entendimento através do diálogo.
O exercício da paciência é fundamental para o seu bem-estar espiritual e necessita de outros estados mentais como a obediência e a resignação como forças ativas
Conversar claramente sobre a questão surgida para estabelecer como você deve agir junto para a necessária solução.
As conclusões tiradas do diálogo devem ser bem definidas, memorizadas ou até escritas para depois serem avaliadas, a fim de se saber se todos estão cumprindo sua parte no estabelecido.
Assim, você não terá no lar, no serviço ou no grupo uma falsa harmonia, construída sobre o injusto sacrifício.
Para ajudá-lo na compreensão mais ampla sobre a importância da paciência, trazemos de "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, o seguinte trecho da mensagem de Um Espírito:
"Sedes pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência." (Cap. IX, Item 7, Ed. FEB.)
Mais adiante, na mesma obra, assim diz o Espírito Lázaro:
"A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erroneamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carreguem o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava (...)" (Op. cit.-g.n.). (Destaque nosso.)
Como você pode concluir, o exercício da paciência é fundamental para o seu bem-estar espiritual e necessita de outros estados mentais como: a obediência e a resignação devidamente entendidos como forças ativas.

No entanto, a vivência da paciência solicita de você o treino para o autodomínio. Alguns pontos para esse treinamento podem ser considerados:

1.  Coloque suas emoções negativas para fora: irritação, cólera, ansiedade, medo.
2.  Canalize a exteriorização das emoções negativas de forma positiva e construtiva: saia para dar uma volta, arrume uma gaveta ou armário, plante uma árvore, cuide de um vaso de flores ou folhagem, visite um doente, ouça uma música suave.
3.  Não deixe a cólera crescer:
a.  lembre-se de que você é um Espírito eterno e imortal e a cada momento tudo se transforma. Por que se agarrar a coisas, situações e pessoas do momento?;
b.  você sabe que a impaciência representa um fator de ameaça à sua saúde: espiritual e física. Não deixe, então, que essa fagulha emocional se transforme em um incêndio avassalador. Claro que você não vai ficar friamente assistindo a erros, enganos e falsidades ou sendo por eles envolvidos. Mas, tenha em mente que a cólera, a irritação, os gritos, os gestos bruscos, as agressões verbais ou físicas nunca resolverão os problemas;
c.   errar é humano, faz parte do processo evolutivo. Se você também comete erros, por que se enfurecer quando as outras pessoas também o fazem? Pare, pense, acalme-se e procure a solução;
d.  o que impacientou você pode ser corrigido? Se pode, por que, então, irritar-se ou encolerizar-se?;
e.  se você pode corrigir ou retificar o que o contrariou, não sufoque suas emoções. Use-as positivamente. Entusiasme-se na correção do erro em si próprio ou no semelhante;
f.    se você se desentendeu com alguma pessoa: no lar, no ambiente de trabalho ou em qualquer grupo social e suas emoções se desequilibraram, é melhor não falar no momento; se possível sala do local, pois estabelecido o debate ao calor da irritação ou da cólera, não chegará a bom resultado. Primeiro esfrie a cabeça, reequilibre as emoções após, estabeleça dialogo compreensivo e construtivo em busca da solução desejada;
g.  suprima a cólera, tanto quanto possível, no seu início. Uma vez instalada, ela pode ser uma centelha, uma chama ou um incêndio destruidor;
h.  não desejamos que você mine suas emoções. Isso é impossível. Você acha que se: bom se nunca se irritasse, mas também nunca sorrisse ou se alegrasse? As emoções são básicas em nossas vidas. Por isso, e sua vida, elas precisam ser canalizadas construtivamente.

Esforce-se para conseguir autodomínio equilibrado. Controle as emoções negativas, mas você deve exteriorizar e expandir as emoções positivas.
Construa, com a educação espiritual, um filtro de emoções que permita a passagem de emoções positivas e retenha as negativas.

CONCLUSÕES

   I.        Use a paciência como força ativa na construção do se bem-estar físico e espiritual.
 II.        Organize uma lista das suas emoções negativas: cólera irritação, medo, angústia e, gradativamente, procure diminuí-las.
III.        Organize um plano especifico para desenvolver as suas boas emoções e sentimentos, incluindo treino para o exercício da paciência em manifestações passivas e ativas.
IV.        Cultive o autodomínio Você ampliará o "estado emocional de perseverança tranqüila" para a solução dos seus problemas.
  V.        Exercite a meditação e a oração. Elas são fundamentais para a vivência da paciência.
"Bem aventurados os pacíficos porque serão chamados de filhos de Deus." Jesus (Mateus, 5:5.)

domingo, 9 de outubro de 2011

RESILIÊNCIA

RESILIÊNCIA

Segundo o Aurélio, “Resiliência é a propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora de tal formação elástica.”
Exemplifico da seguinte forma: é como pegarmos uma mola em seu estado normal e pressioná-la e quando soltarmos ela voltará ao seu estado normal.
Assim é com os resilientes. O estudo da resiliência ao ser humano é ainda muito recente, mas nos mostra que devemos equilibrar nossas emoções diante das provocações e situações de impacto na nossa vida. Com esse exemplo nos mostra também que resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definindo a capacidade da pessoa apesar de passar por situações adversas, de choque ou stress que ela não entrará em surto psicológico.

“É a arte de transformar toda a energia de
um problema em uma situação criativa.”



Falando profissionalmente, o stress é uma realidade observada independentemente do grau hierárquico que a pessoa ocupa na empresa. Não está restrito aos altos cargos e em grandes empresas. Ele está presente em todos os setores. Para o resiliente está cada dia mais difícil, pois o nível de stress e cobrança se intensificando cada vez mais. Esses profissionais recuperam-se e se moldam a cada obstáculo que aparece em sua frente.

“A resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.”



O equilíbrio humano é como a estrutura de um prédio ou de uma casa. Se a pressão for maior que a resistência, aparecerão rachaduras como as doenças psicossomáticas que se manifestam nos indivíduos que não possuem essa característica. Ex.: gastrite, depressão, stress, etc...
O resiliente desenvolve a capacidade de se recuperar e de se moldar novamente a cada obstáculo e a cada desafio.
Todos nós podemos nos tornar resilientes e conforme as minhas pesquisas, sugiro algumas dicas que achei muito importantes e mesmo que não nos tornemos pessoas resilientes, nos tornarão pessoas mais calmas e que conseguirão reagir melhor a situação de stress:

• Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é reconfortante e reduz a ansiedade; 
• Aprender e adotar métodos práticos de relaxamento e meditação;
• Praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição. Os exercícios aumentam endorfinas e testosterona que, conseqüentemente, proporcionam sensação de bem-estar;
• Procurar manter o lar em harmonia, pois este é o ponto de apoio para recuperar-se;
• Aproveitar parte do tempo para ampliar os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança; 
• Transformar-se em um otimista incurável, visualizando sempre um futuro bom;
• Assumir riscos (ter coragem);
• Tornar-se um "sobrevivente" repleto de recursos no mercado profissional;
• Apurar o senso de humor (desarmar os pessimistas); 
• Separar bem quem você é e o que faz;
• Usar a criatividade para quebrar a rotina;
• Examinar e sobre a sua relação com o dinheiro;
• Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, enfraquecer para em seguida retornar ao estado original.


“A resiliência consiste no equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, de atingir outro nível de consciência, que nos traz uma mudança de comportamento e a capacidade de lidar com os obstáculos da vida e do profissional.”

Aprendamos e treinemos a prática da resiliência, para tornarmos nossa vida ainda mais calma, prática, dinâmica, harmônica, criativa, bem humorada e etc..., para descobrirmos no final quem verdadeiramente nós somos ou podemos nos tornar.



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A empatia....





Fiz uma pesquisa e encontrei em diversos textos e reformulei uma maneira bem interessante de explicar o que é empatia: define-se empatia como a habilidade de perceber as reações de outra pessoa. É a habilidade de perceber informações sutis e informações fornecidas por outros, de maneira a identificar o que estão sentindo ou pensando. Empatia não necessariamente envolve concordar com os sentimentos das outras pessoas, mas certamente se envolve compreender quais são seus sentimentos, idéias e até mesmo seus pontos fortes e/ou fracos.
No mundo corporativo o mais normal é utilizarmos a empatia como ferramenta de trabalho, pois, por exemplo: quando estamos atendendo um cliente em potencial, tentamos captar o que ele está sentindo, sem perder o foco nos objetivos e metas.
Não podemos, portanto, confundir empatia com simpatia, pois na simpatia você sente as emoções do outro e assim, perde a objetividade do ato. E na empatia é  apenas a percepção dos sentimentos dos outros.
Nos dias de hoje, é cada vez mais raro encontrarmos pessoas com o sentimento de empatia sendo utilizado em suas vidas pessoais. Adoro pessoas empáticas (eu mesmo me considero uma delas) pois essas pessoas tem o poder de apenas ouvir e não retrucar....colocar-se no lugar da outra pessoa e tentar de alguma forma compreender sem julgar; é sentir compaixão, admiração ou até mesmo misericórdia. Quando uma pessoa é empática de verdade, ela utiliza ambos os hemisférios do cérebro, ouve com o corpo inteiro, sente a aflição, os desejos e as necessidades do outro. Eu até vou mais longe ainda...empatia é condoer-se até sentir a própria dor do outro...e isso é muito forte!!! É esvaziar-se de si mesmo.
Eu costumo dizer que cada pessoa tem os seus problemas e os maximiza a sua maneira... sempre achando que o seu problema é maior que o do outro, pois cada um sente o seu. No momento que eu conseguir enxergar o outro e perceber que ele também sofre e tentar me colocar no lugar dele para ajudá-lo, posso até perceber que o meu problema nem é tão grande assim e de certa forma esse exercício vai me ajudar até a resolver com mais tranqüilidade minhas próprias aflições.

Lá na Bíblia no livro de Eclesiastes cap.4 vers. 9 a 12 diz assim:  Melhor é serem dois do que um, porque se caírem um, levanta o outro, aí porém, daquele que estiver só, pois caindo não haverá quem o levante, também se dois dormirem juntos se aquentarão, mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão, o cordão de três dobras não se arrebenta com facilidade.
Mais um exemplo bem simples de empatia; e quem diria, na Bíblia sagrada...Nesse pequeno texto diz exatamente que trabalhamos a empatia em nossa vida diária e não apenas com pessoas que estão passando por algum grande sofrimento, mas com nossa família, nossos maridos/esposas, filhos(as), nossos amigos e as pessoas que convivemos diariamente e com os percalços e as dificuldades diárias da vida. Devemos sempre estar unidos a quem amamos, estejam esses com problemas ou não, devemos praticar a empatia em conjunto com o amor, pois sozinhos não somos ninguém...precisamos da nossa família, dos nossos amigos e simplesmente precisamos de outras pessoas para sermos seres completos nessa caminhada.
Comecemos a prática da empatia dentro da nossa própria casa e veremos o quão recompensador é podermos nos unir verdadeiramente a quem amamos. Levemos essa prática para fora de nossos lares, ajudando assim, a construirmos um mundo muito mais justo, fraterno e que irradia amor por todos os lados.


Esse é o meu sonho.....




sábado, 30 de julho de 2011

A raiva...O ódio...


A raiva e o ódio são como doenças e podem ser sentimentos passageiros ou podem se prolongar transformando-se em rancor. Pessoalmente o rancor alimentado dentro de uma pessoa pode acarretar doenças físicas como depressões, estafa e até mesmo o câncer entre outras e eu considero como uma doença sim, pois vai corroendo o indivíduo de dentro para fora causando diversos prejuízos físicos, mentais e espirituais. A ciência ainda não comprovou isso, mas eu acredito piamente nessa premissa.
A raiva e o ódio podem ainda ser chamados por outros nomes como fúria, ira, cólera crueldade, e etc e podem levar a expressão do instinto de agressão física e/ou psíquica aquele a quem é o alvo do sentimento.
A raiva e o ódio ridicularizam quem o sente, pois faz-lhe perder a razão que deve acompanhar todo ser humano. Exemplo de pessoa que por estar com raiva perde a razão e torna-se ridícula perante toda uma sociedade, uma pessoa e uma situação:

*    Uma mulher e um homem apaixonam-se profundamente e por um longo período vivem uma linda história de amor... mas por diversos motivos separam-se.... e esse homem não aceita essa separação, mas ao invés de tentar reconquistar a sua amada demonstrando todo o seu amor, ele é tomado pela raiva e pelo ódio e afasta a sua amada para sempre de seu convívio. Essa doença (o rancor) que se apoderou de todo o seu ser por ter sido deixado pela sua amada o impede de ver que acabou com qualquer chance de vê-la novamente em seus braços e tenta insanamente, machucá-la e    magoá-la tendo perdido totalmente a razão.
Tudo o que ele deveria ter feito era dizer a ela o quanto a amava.... o quanto ela fazia falta em sua vida e o quanto era importante para ele... mandado flores... como qualquer pessoa em sã consciência teria feito, mas como a RAIVA, o ÓDIO e acompanhado pelo RANCOR e todos os sentimentos pertinentes se juntaram, a única coisa que conseguiu fazer foi pensar em como se VINGAR por ter sido MAGOADO e acabou por PERDER A RAZÃO e acabou por RIDICULARIZANDO-SE perante “o mundo” e perdendo de vez a chance de reconquistar a sua amada, que até algum momento do caminho, ainda o amava.

Quando nós seres humanos percebermos que sentimentos como a Raiva, o ódio e o rancor são sentimentos tão pequenos diantes de sentimentos como o AMOR e o PERDÃO, com certeza viveremos em um mundo muito melhor. Aprendamos a perdoar e aprendamos a ser humildes a admitir que erramos...Eu estou fazendo a minha parte e você?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

FELICIDADE

                                  A felicidade é uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa ou o júbilo. A felicidade tem ainda o significado de bem-estar espiritual ou paz interior, em que o sofrimento e a inquietude estão ausentes. Mas a felicidade sob o meu ponto de vista não é um estado pleno e sim momentos ou nuances de nossas vidas. Vivemos alguns momentos de felicidade, pois a vida real não é regada de felicidade plena, pois as atribulações do nosso dia-a-dia não nos permite sermos felizes em todos os momentos.
                                 O ser humano sempre está a procura da felicidade, mas como diz nosso maravilhoso Quintana: “Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples. Você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.”
                                 É exatamente isso: a felicidade é tão simples que de tão simples se perde por entre nossos dedos. A felicidade se encontra nos detalhes da vida...basta que nos preocupemos mais com os detalhes e não no contexto todo das coisas. Um gesto...uma palavra...um carinho...um simples e-mail podem representar um momento de carinho que pode nos deixar muito felizes se soubermos interpretar essa ação tão simples.
                                 É claro que cada pessoa tem o seu próprio conceito de felicidade e como deve conquistá-la. A dificuldade está na maneira de como lidamos com as adversidades da vida. Para muitos, a felicidade consiste em adquirir bens materiais, ter um trabalho bem remunerado, ser reconhecido por seus talentos, possuir uma família harmoniosa e gozar de boa saúde; para outros, no entanto, ganhar muito dinheiro os fazem acreditar que assim serão muito felizes, mas acredito naquela máxima de que dinheiro não traz felicidade.
                                 Eu estou em um momento em que estou valorizando as pequenas felicidades que a vida me dá...gostaria de eternizá-las...mas como não é possível...vivo-as intensamente enquanto elas durarem...
                                Senti-me inspirada a escrever pela felicidade dos últimos acontecimentos. Acredito na FELICIDADE verdadeira...aquela que acontece por acaso...sem marcar hora...sem combinar nada...simplesmente acontece...e eu aproveito com toda a intensidade da minha alma.
Porque:
“Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.  Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.” Augusto Cury


domingo, 19 de junho de 2011

A fé...indelével fé...

Até agora certamente o texto mais difícil para mim escrever foi esse (estou a duas semanas tentando organizar as palavras)... meu blog trata de sentimentos...emoções...e resolvi escrever sobre fé até para depor sobre a minha própria fé.  Até então sempre achei que a fé fosse um sentimento ou até mesmo uma emoção. Mas minhas pesquisas revelaram que nem sempre. A fé fica muito clara para mim que é algo que não podemos explicar através da lógica humana. Fé é uma convicção, uma certeza, uma confiança, uma crença. É a certeza de que algo vai acontecer ou de que é verdade, não importando se as condições sejam contrárias, nem sob qualquer prova ou critério. Simplesmente pela simples confiança que depositamos no nosso objeto de fé. Isso quer dizer que se eu tenho fé, eu jamais posso duvidar e ter fé ao mesmo tempo. Talvez por isso a fé não seja reconhecida pela ciência, embora tenham dado já muitas provas de que a pessoa que tem fé obtém graças e alcança seus objetos da fé sem que alguém possa explicar – e a fé não se explica mesmo. E vendo sob esse ponto de vista, fé não é um sentimento...

Podemos ter fé com relação a muitas coisas, segundo os estudiosos... e aí sim denomino sentimento, pois não teria outra forma de descrever: é possível que nutramos um sentimento de fé em relação a algo ou a alguma pessoa, um objeto (como em algumas religiões as suas imagens) ou quem sabe a um pensamento filosófico, uma ideologia, um conjunto de regras e por aí vai....
Normalmente as pessoas recorrem a fé em momentos de aflição e momentos relacionados a esperança mas existem aquelas pessoas que tem fé absoluta em algo superior sempre e em todos os momentos de suas vidas, que não carecem de qualquer tipo de argumento racional para tê-la.



Então falo sobre a minha fé... A minha fé em Deus e a minha crença em Jesus... Como escrita no Novo Testamento. A minha fé se fortaleceu depois que pude ter provas de que se tivermos fé no ser superior que existe além de nós e que cada um deve crer a sua maneira, pois estou aqui para passar idéias e muitas vezes devaneios de minha mente sonhadora e humana acima de tudo e que precisou de provas para acreditar no que não se vê e no que não se sente... Peço que apenas creia e tenha fé no que lhe fizer bem e no que lhe trouxer satisfação e PAZ.          
A minha fé é essa: “É o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem.”
(Hebreus 11:1), e eu experimento todos os dias o resultado da minha fé em Deus... Essa paz que tanto pedia a Deus e que escrevi no posto anterior, só veio quando a pedi com muita FÉ...Ele no seu tempo e acreditando que eu acreditaria mais em mim mesma e no que estava pedindo a Ele é que me atendeu...Que me desculpem os céticos leitores do blog....mas precisava testemunhar isso... Porque é mágico... Tenha fé...não importa o nome do seu Deus ou quem ou o que seja o objeto da sua fé...TENHA FÉ! Só posso dizer que acalma a mente, a alma e o coração...
Mais uma vez agradeço a Nani (estou em lágrimas) por me mostrar um caminho tão bonito e me inspirar novamente. Obrigada amiga tão querida e especial. Você mora no meu coração e me ajuda muito na reconstrução do meu eu.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

A paz...a mansidão...



Uma amiga me inspirou a escrever sobre paz...uma pessoa que só tem paz dentro dela e que só transmite energias positivas e que está me ensinando muito...esse post eu dedico a ti, Nani...Pensei que seria mais fácil escrever sobre a paz; mas é um assunto bem mais amplo que imaginava. Resolvi escrever sobre isso, pois fui tomada por uma inexplicável onda de paz e mansidão que se apossou do meu ser; uma paz que jamais havia encontrado no mundo ao meu redor...é uma paz que brota de dentro de mim! E isso aconteceu de uma hora para outra...penso que talvez finalmente tenha reconhecido quem realmente eu sou, tenha encontrado meu verdadeiro caminho. E esse sentimento não veio sozinho...Sinto-me isenta de ira, de desconfianças, perturbações e agitações desnecessárias e de um modo geral, me esvaziou de quaisquer sentimentos negativos...ele trouxe junto dele uma alegria de viver...uma força, junto com uma calmaria tão maravilhosa...
Tudo isso transcende o meu entendimento...mas para que entender? Ou para que mexer em time que está ganhando?  Agora entendo melhor aquela saudação que costumamos usar muitas vezes: “Que a paz esteja contigo!” pois é o que desejamos para nós e para os outros, pois é um sentimento pleno...muito desejado por todos...quase como um objetivo de vida...Sempre foi o que mais pedi a Deus...PAZ... sempre soube que quando a encontrasse, seria capaz de qualquer coisa...e hoje tenho certeza disso....

Podemos nos referir a paz na ausência de violência ou guerra, mas não entrarei nesse campo...falarei apenas como se fosse meu diário...gostei de como ficou.

Mas importante postar aqui, que a paz, segundo as Escrituras Sagradas, é a paz que Jesus trouxe para as criaturas de Deus.
É, portanto, o que chamo de verdadeira paz, aquela que existia no início deste Planeta, entre a criatura humana e o seu Criador e que acabou por ser destruída quando Adão e Eva comeram do Fruto proibido, mas Deus mandou seu filho para morrer por nós na terra, para restabelecer e trazer de volta essa paz através do livre arbítrio de cada um.

Cada pessoa teu uma visão de paz, dependendo de como sente ela dentro de seu coração e da sua alma....abaixo vou citar o que grandes pensadores já falaram sobre paz. O que me chamou a atenção nas citações abaixo é que são pessoas de diversos credos, mas que no final das contas quando se fala de paz...sempre faz bem....não importa como ela é explicada ou vista...
  

A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.

A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.

Não existe um Caminho para a PAZ.  A PAZ é o Caminho.

Eu só quero viver em paz e usufruir daquilo que Deus nos deixou no mundo e não preciso de riquezas materiais para ser feliz. Apenas quero sentir o que Deus nos fala em nossos ouvidos em um simples soprar do vento.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ilusões...

Conforme as premissas que as pessoas pregam, queiramos ou não, somos todos uns iludidos. Cada um tem a sua verdadezinha, e vive a vida que escolhe....

Então, querido leitor, qual o caminho para evoluir sem conviver com todas estas ilusões ? Soda cáustica nos olhos, para não enxergar o que há e as pessoas em volta, ou viver dentro de si como um caracol ajudam na tarefa evolutiva.



O HOMEM NÃO PODE PRESCINDIR DA ILUSÃO
Alguns pensadores, sobretudo modernos e contemporâneas defendem que o homem não pode prescindir da ilusão. Ela faz parte da natureza humana, e é uma forma de fugirmos à vida real, e ao sofrimento e falta de sentido presente no fundo da nossa existência. A vida passa pelo sonho. O homem não suporta viver constantemente a verdadeira realidade, mas quando confrontado por ela sempre se desilude.

O que são as ilusões? Definamos ilusão como sendo aquilo que pensamos, mas que não corresponde à realidade. São percepções que nos distanciam da Verdade. Existem em relação a muitas questões da vida, tais como metas, cultura, comportamento, pessoas, fatos.
Qual a causa das ilusões? As ilusões decorrem das nossas limitações em perceber a natureza dos sentimentos que criam ou determinam nossos raciocínios. Na matriz das ilusões encontramos carências, desejos, culpas, traumas, frustrações e todo um conjunto de inclinações e tendências que formam o subjetivo campo das emoções humanas.
Então, iludimo-nos para nos sentirmos um pouco melhores.


 A realidade é uma ilusão 
Vivemos entre dois universos paralelos : O das ilusões e o das emoções. No universo das ilusões estão as coisas palpáveis, compráveis, alcançáveis, perdíveis... È o salário, a casa, o carro, o aparelho de Tv, os corpos que dividem a mesma cama, as grades nas janelas, os beijos, os abraços...
Todas essas coisas são como recipientes vazios. São símbolos, imagens,objetos que chegam aos nossos olhos e mãos, mas que não correspondem a uma realidade. São apenas representações, ou seja, ilusões.
O que é uma aliança de casamento? É a representação de uma união afetiva. Se não existir essa união, o que vai representar essa aliança?
O que é um salário? É a representação de uma força de trabalho  de alguém que deseja usufruir daquele salário. Mas se não existir força de trabalho ou até mesmo o desejo de usufruir daquele dinheiro, o que vai representar aquele salário?
O que representa um beijo sem sentimento, um abraço sem emoção, uma casa sem espírito de lar, grades sem segurança, dois corpos dividindo a mesma cama se os corações estão distantes?
Veja que tudo que parece realidade por ser algo palpável  e concreto compõe o mundo das ilusões. E o que parece ilusão, por ser algo que não se pode ver, tocar, comprar, é o que corresponde á realidade.São os sentimentos, as emoções,que preenchem o recipiente material da vida.É no universo das emoções que está o sentido de nossas conquistas. Tudo que está ao redor perde todo o sentido se não estiver ligado a um profundo sentimento.
Mas vivemos um verdadeiro culto ás ilusões. Em que é comum que as pessoas abandonem as outras para buscar coisas, sufoquem sentimentos para atingir objetivos "concretos". E quando conseguem são tidas como vitoriosas! Sua enorme caixa vazia é exibida como um troféu e a sua história de vida é contada para estimular outros caçadores de ilusões.
Já os sonhadores que vivem intensamente a realidade das emoções, muitas vezes são tidos como fracassados. Por não terem objetivos "concretos" acabam sendo vistos como fracos e infelizes. E suas histórias são apagadas, esquecidas...
Mas o que não é conhecido nem divulgado, é o que existe na intimidade emocional dos "vitoriosos" e dos "fracassados". Se fosse, talvez as histórias a serem contadas e copiadas fossem outras, e os troféus também.
O universo das ilusões é uma caixa vazia. O das emoções é o conteúdo dessa caixa. Se estiver vivendo em função de simbolos, cores, imagens e ações mecânicas, saiba que está carregando uma enorme caixa vazia. Uma hora dessas vai precisar abrir e não terá nada lá...


domingo, 1 de maio de 2011

Decepção....As melhores intençoes são acompanhadas por decepções...

Oh chega de decepções, estou tão machucada, me doem a nuca, a boca, os tornozelos, fui chicoteada nos rins. Clarice Lispector





Segundo o Michaelis, decepção:  1 Ação de enganar, engano. 2 Surpresa desagradável. 3 Desilusão. 4 Logro. 5 desapontamento.


Segundo eu mesma, decepção: por acreditar tanto nas pessoas, nas suas atitudes, nas suas palavras, que tenho um coração frio...com pouco espaço para novas amizades e principalmente para novos amores...mas quem manda nos nossos sentimentos? Quem manda acreditarmos cegamente nas pessoas? Quem manda nos entregarmos a situações? Decepção já se tornou uma palavra comum, em minha vida...e assim vou-me tornando cada vez mais fria, mais desconfiada...até o momento que certamente viverei sozinha... 


Mas porque nos decepcionamos com uma pessoa, com um acontecimento, com uma situação ou com a vida?


Certamente você já disse: Nossa, que decepção... Jamais poderia esperar isso dessa pessoa!
Na realidade, a pessoa em questão, a que causou a decepção, pode estar isenta de qualquer maldade pela sua atitude. O problema maior está na forma que queremos que as pessoas sejam ou nos vejam.

O outro só fez a parte dele. Na realidade a pessoa sempre foi o que está demonstrando naquele momento.
A decepção é um sentimento tão frustante, talvez seja para mim, uma das sensações que mais me entristece, me deixa abatida, me impede de continuar, me bloqueia, me faz sentir culpa, sem saber mais o que é certo ou errado, tenho insônia, falta de apetite e fico incrédula com as pessoas.
Será que criamos expectativas altas demais? Ou será que as expectativas eram normais, próprias e adequadas, mas a decepção teimosamente nos bate à porta?
Será um problema de ansiedade, de querermos tanto que algo se realize, que tanto aconteça?
Será que somos exigentes demais, e exigimos dos outros, coisas que nem nós próprios sabemos fazer?
Será que as decepções só acontecem aos emotivos? Aos frágeis? Aos corajosos? Aos exagerados? Aos idiotas? 
Temos que analisar este ponto para nos policiarmos e nunca esperarmos das pessoas aquilo que elas não conseguem nos dar. Depois das várias lições, pude perceber, acredite: era eu mesma quem me feria. Nunca foram as pessoas. Elas, na realidade, nunca me prometeram nada. Eu é que esperava mais delas.
Por isso nunca devemos considerar uma verdade como eterna. Ela simplesmente espelha um momento, uma fração de segundo. Depois tudo tende a se modificar porque as energias se transformam. 

Enquanto você está lendo este texto certamente está analisando a sua vida e encontrando novamente os momentos que te magoaram profundamente, simplesmente porque a sua expectativa não foi recompensada conforme seu desejo.

Mas o pior de sentir-se decepcionada, enganada, machucada, a maioria das pessoas te pede para reagir…. Como se faz para Reagir? Reagir é voltar a agir! Para voltar a agir, é preciso ter vontade de agir. E o mundo que nos rodeia, exigente, que não tolera a insatisfação, não tolera tristezas, que quer-nos lindos, contentes, sorrizinhos, arranjados, elegantes, perfeitos, e todos nos pedem, “Vá reage, faz qualquer coisa, tens de melhorar! Lá estás tu com o teu pessimismo!…”. E para culminar, lá dizem a frase: “Não percebo, porque ficas assim, não é caso para isso!”.  E nós, envolvidos num manto negro de tristeza, de amargos na boca, de nós no estômago, de dedos das mãos frios, de joelhos ligeiramente a quebrar, ficamos perplexos a olhar para aquela gente que nos diz “Que não é nada!”. Não é nada??? Mas não percebem, que para nós é TUDO! Que nos deixou molhados de suores frios, que o nosso coração saltou, mexeu-se e e nos deixou com taquicardia, que houve um corte a meio dos nossos pulmões, e os pôs a trabalhar em limites mínimos, que sentimos o sangue a parar nas veias e que fomos invadidos por um vento frio e quente, que levantou todas as areias no ar que  nos sufocam e nos cegam? Pois, não vêem isto? Ha!!! Faltam as lágrimas? Ah, as lágrimas, as piegas lágrimas, que comovem os outros….. Mas olhem, os decepcionados não choram por fora, choram por dentro! Choram, choram, choram, até ficar secos, como um solo africano, seco, ressequido, morto….